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Parabéns Festival da Canção - Hoje revisitamos o Festival da Canção de 1999

25/08/2014 por André Miguel Godinho

No dia 8 de Março de 1999, uma segunda-feira, aconteceu o 36.º Festival RTP da Canção.

O espetáculo foi transmitido em direto da Sala Tejo, no Pavilhão Atlântico, um dos ex-libris da Expo 98. A apresentação do espetáculo foi feita por Manuel Luís Goucha e Alexandra Lencastre, num cenário deslumbrante constituído por 3 plataformas, uma onde se encontrava a orquestra, com condução do Maestro José Marinho e outros dois palcos onde as canções se apresentaram alternadamente em cada um deles. A organização do espaço desta sala, um pouco versátil, fazia mais lembrar um estúdio de televisão, dando uma maior grandiosidade ao evento, sobretudo a quem assistia em casa.

Depois de um tradicional concurso público para canções originais, foram apuradas 8 canções que foram conhecidas e avaliadas naquela noite, no dia internacional da Mulher, mas curiosamente ganho por um jovem! Rui Bandeira consagrou-se o grande vencedor com a canção Como Tudo Começou, com letra de Tó Andrade, música e orquestração de Jorge do Carmo e direção de orquestra de José Marinho. O cantor pode afirmar que o Festival foi a sua rampa de lançamento para uma carreira reconhecida pelo grande público! A canção foi mesmo a grande preferida do júri distrital, sendo que apenas foram 11 as cidades a votar, e Como Tudo Começou recebeu por 6 vezes a pontuação máxima: 10 pontos, somando um total de 90 pontos, com uma diferença significativa do segundo lugar.

Este Festival contou ainda com as participações da banda Tempo, sendo o vocalista João Paulo Campos. Os restantes intérpretes deste festival foram: Liliana Pinheiro; Francisco Ceia; Sofia Froes; Célia Oliveira, vencedora do Prémio de Melhor Interpretação; Tó Leal, um veterano deste concurso e Filipa Lourenço. De salientar que neste ano a RTP deu um valor monetário aos 3 primeiros classificados, sendo assim, além da canção vencedora, Sofia Froes e Célia Oliveira também subiram ao palco para receberem os prémios pelas canções Menina Alegria e Ser O Que Sou, respetivamente.

Num ano dedicado aos 25 anos do 25 de Abril, neste Festival aconteceu uma homenagem a um dos grandes cantores da Liberdade: José Afonso. Na segunda parte do espetáculo, antes da votação, os cantores Vitorino, Janita Salomé, Filipa Pais e Ana Sofia Varela cantaram canções do reportório do cantor, acompanhados pela orquestra e ainda pelos convidados especiais: Grupo Coral dos Camponeses de Pias e Grupo Coral da Casa do Povo de Serpa. A atriz Irene Cruz foi a interlocutora deste momento de homenagem, dizendo vários textos.

De referir ainda que este espetáculo além de transmitido pela RTP e RTP Internacional, como costume, foi também transmitido via rádio, através da Antena 1, contendo também momentos de entrevista aos concorrentes antes da votação. Uma iniciativa que já não acontecia há alguns anos, mas que infelizmente não voltou a acontecer.

Menina Alegria por Sofia Froes premiada com: A melhor música, O melhor visual, Uma das mais eurovisivas, A minha canção preferida.

Ser o que sou por Célia Oliveira premiada com: O melhor poema, A melhor interpretação

No cais da solidão por Filipa Lourenço premiada com: A melhor coreografia / Apresentação em palco, Uma das mais eurovisivas.

Sete anos, sete dias por Tó Leal selecionada como A pior canção.

Como tudo começou por Rui Bandeira foi A canção vencedora.

Carimbo o passaporte à canção vencedora?
SIM. Não era a melhor canção, nem a que escolheria para nos representar, mas apesar de tudo carimbava a sua ida à Eurovisão. A grande falha foi a apresentação muito mais formal no palco da Eurovisão do que na Sala Tejo. Apostava antes na versão remix deste tema, bem mais interessante.
A minha pontuação para a canção vencedora, numa escala de 0 a 10 - 6

Qualidade média das 8 canções deste festival (escala de 0 a 10) - 6

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