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Isto é eurovisão França 1990 White and Black Blues

24/08/2014 por Maria Fernanda Fonseca

A 11 de fevereiro de 1990, o mundo assiste à libertação de Nelson Mandela, após 28 anos de prisão por este não concordar com o regime racista oficializado em 1948 a que se deu o nome de Apartheid.

 

O 35º Festival da Eurovisão, decorre a 5 de maio deste ano em Zagreb na antiga Juguslávia.

 

A apresentação do Festival esteve a cargo de Helga Vlahovic Brnobic´, uma jornalista Croata, nascida a 28 janeiro de 1945 e considerada uma das melhores apresentadoras de televisão na Jugoslávia, e também Oliver Mlakar, também ele um excelente apresentador de televisão do país anfitrião, nascido a 1 de julho de 1935.

Participaram no certame cerca de 22 países, Espanha, Grécia, Belgica, Turquia, Holanda, Luxemburgo, Inglaterra, Islândia, Noruega, Israel, Dinamarca, Suíça, Alemanha, França, Jugoslávia, Portugal, Irlanda, Suécia, Itália, Áustria , Chipre e Finlândia, e foi esta a ordem da apresentação destes países no palco da Eurovisão neste ano.

A abertura do espetáculo foi um pequeno filme, “Zagreb, City of the Music”, e no intervalo foi mostrado à Europa outro filme acerca do turismo na Jugoslávia.

 

PORTUGAL
Nucha, com a canção “Sempre  (há Sempre Alguém)” foi a representante Portuguesa neste Festival, obteve uma classificação muito modesta, 9 votos no total, vigésimo lugar entre os 22 países, votaram na nossa canção apenas  Luxemburgo com 7 votos, e Inglaterra que deu 2 pontos.

 

A VENCEDORA
O país vencedor foi a Itália, Toto Cutugno foi o grande vencedor com a canção “Insieme: 1992”, uma canção muito bonita, com uma grande mensagem, ainda hoje eu gosto de ouvir esta canção. Uma interpretação muito forte deste cantor, que se apresentou no palco visualmente bem (à época, os homens vestiam muito a cor branca), uma canção com música e letra de Salvatore Cutugno cantada na língua mãe, e que obteve 149 votos.

 

CURIOSIDADES
Foi um festival que na minha opinião teve canções bonitas. Dou como exemplo a Bélgica, uma canção suave, bem interpretada e um cantor com charme. A canção da Alemanha e da Irlanda também fazem parte daquelas de que eu mais gostei neste ano.

As Azúcar Moreno, com Bandido, em representação da Espanha abriram o desfile. Porém o instrumental não arrancou do início e as intérpretes espanholas olharam uma para a outra e numa atitude de justa indignação retiraram-se do palco. Até nesta sua saída prematura de cena o salero esteve lá. Bravo Espanha a quem o júri português deu apenas 5 pontos. O júri espanhol não pontuou o tema de Nucha, certamente ainda se lembrava da tremenda injustiça  que o júri português fez no ano anterior ao não atribuir qualquer voto ao excelente tema de Nina, Nascida para amar.

Foi o Festival das “cabeças grandes”, pois era moda à época os penteados muito cheios e que faziam umas enormes cabeças principalmente às senhoras.

E foi uma senhora com uma “cabeça enorme” que se apresentou neste Festival com uma canção diferente de todas as outras e que quase ia vencendo o concurso neste ano. Refiro-me à canção Francesa, “White and Black Blues”, interpretada por Joelle Ursull, que obteve 132 votos. 
 

CANÇÃO EM DESTAQUE   

Apesar de achar  a vitória deste ano estar muito bem entregue à Itália, a escolha da minha canção para o ano de 1990 vai para a canção da França, por ser uma canção diferente.

O porquê da minha escolha, pois já o referi, por ser uma canção diferente, bem interpretada, bem musicada, visualmente muito bem apresentada no palco,  o pormenor dos bidões no palco e aqueles ritmos, é claro que fizeram com que esta canção fosse de facto bem diferente das outras e por isso quase ia vencendo. A música é de Georges Ougier de Moussac e a letra  de Serge Gainsbourg.

 

As minhas pontuações para esta canção são as seguintes:

letra: 8

musica: 10

interpretação: 8

apresentação em palco / coreografia: 10

visual: 8

sensualidade: 8

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