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Festivais da Canção entrevista Paulo Abreu Lima

21/02/2014 por Miguel Meira

Paulo Abreu Lima é o autor do poema da Canção nº3, Nas asas da sorte que Zana vai levar ao Festival. A sua entrevista aqui

Festivais da Canção – Como surgiu a parceria para participar como letrista neste Festival RTP?
Paulo Abreu Lima - Foi com alguma surpresa mas enorme agrado que recebi em Janeiro o convite do Jan Van Dijck para participar no Festival da Canção. A nossa parceria já tem alguns anos e uma cumplicidade que me permite transmitir para o papel, com alguma facilidade as intenções que o Jan imagina quando compõe. Provavelmente foi esse entendimento a razão maior deste convite.

 

FC – Descreva-nos a sua canção do ponto de vista poético (da letra).
PAL -Talvez que sugira aquele amor que nos prende ao mesmo tempo que contraditoriamente nos pode libertar… Ao sabor das marés ou “Nas Asas da Sorte”, mas sempre com a visão mais positiva.

 

FC – O título do seu tema é “Nas Asas da Sorte”. Em que se inspirou para este título?

PAL - O título acaba por resumir de alguma maneira o cerne do poema, no contexto da música e tendo em conta a ideia que o seu compositor lhe queria dar.

 

FC – É a sua sexta participação como letrista neste certame. O que une ou diverge esta poesia das anteriores que levou ao Festival?

PAL - O amor acaba por ser o elo de ligação entre todos os temas, ainda que com abordagens diferentes. As divergências terão a ver essencialmente com a construção do poema em si, sendo que alguns foram escritos ao mesmo tempo que a música, outros anterior ou posteriormente a ela. É evidente que este é um dos fatores que nos pode libertar mais ou limitar, em termos de poesia e do que se pretende transmitir.

 

FC – Este ano a escolha da canção vencedora recai exclusivamente sobre o televoto. Concorda com este método de votação? Porquê?

PAL - Sem entrar em pormenores demasiado debatidos e com razão de ser, a exclusividade do televoto tem uma percentagem enorme de probabilidades de ser demasiado injusta, e outros festivais já comprovaram isso. Mas estas são as regras do jogo e é com elas que teremos de lidar quando aceitamos concorrer.

 

FC – Como se sabe este ano comemoram-se os 50 anos do primeiro Festival RTP da Canção. Qual é a sensação de ser parte integrante deste certame num ano tão especial?

PAL - Sempre que concorro por convite, procuro corresponder integralmente às expectativas do compositor. E a melhor sensação é perceber que esse objetivo foi cumprido. Naturalmente que fazer parte dessa comemoração não deixa de ter para mim um sabor acrescido e que muito me honra, tendo em conta que se vão homenagear grandes nomes de compositores, letristas e intérpretes do panorama nacional. E para tantos e por vezes tão imerecidamente esquecidos, nunca será demais relembrar.

 

FC – À sua canção foi atribuído o nº 3 no desfile. Acha que a ordem do desfile poderá ter alguma influência na votação dos espectadores em casa?

PAL - Partindo do princípio que posteriormente todas as canções serão repassadas para que as dúvidas se possam dissipar… não! Quanto ao número em si, confesso que por ele nutro alguma simpatia. Quanto mais não seja porque nas corridas de carrinhos de rolamentos da minha infância sempre foi o meu número predileto e meio caminho andado para grandes vitórias.

 

FC – Dos temas que até hoje passaram pelos Festivais RTP qual ou quais considera a(s) melhor(es) letra(s)?

PAL - Sinto que seria uma enorme injustiça nomear alguns temas entre tantos que pela sua qualidade, seriam difíceis de medir ou comparar. A começar pelos Festivais da TV da “preto e branco” que guarda relíquias de cor e sabor incontornáveis, num baú com “sótãos” de riquezas que vale a pena explorar. “Canção de Madrugar” ressalta como exemplo na memória da minha meninice, como a primeira composição que me fez enaltecer grandes poetas e compositores, também eles tantas vezes sujeitos à injustiça de um evento que peca por ser imediato e breve.

 

FC – Este espaço é seu para divulgar o seu tema e a sua equipa. (poderá escrever algumas linhas para divulgar a sua canção).+

PAL - “Nas Asas da Sorte” é um tema de Jan Van Dijck com muita alegria e de fácil ouvido, composto a pensar nas características do evento mas sem nunca descorar a qualidade de todos os seus componentes e intervenientes. A Zana e o Tiago Ribeiro, Alexandre Sousa, Almyr Moreno e David Guerreiro, serão provavelmente o epicentro de um vulcão com muito calor para vos dar… numa entrega d’ alma e coração!

 

Agradecemos a Paulo Abreu Lima a sua disponibilidade e colaboração, assim como as suas palavras sobre o nosso trabalho.

 

Fonte: Festivais da Canção, Paulo Abreu Lima

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